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Eleições 2024: Justiça Eleitoral do Cabo de Santo Agostinho Determina Apreensão de Veículos e Proíbe Jingle em Campanha de Keko do Armazém

Os carros traziam jingles irregulares que falavam que o candidato Lula Cabral (SD) é o ``prefeito da tornozeleira´´

Publicada em 03/10/24 às 12:30h - 768 visualizações

por Rádio Moria FM


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 (Foto: Divulgação)

A Justiça Eleitoral do município de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, determinou a busca e apreensão de dois veículos utilizados na campanha de Keko do Armazém (PP), atual prefeito e candidato à reeleição. A decisão foi proferida pelo juiz eleitoral Francisco Tojal Dantas Matos, da 121ª Zona Eleitoral, em resposta ao uso indevido dos automóveis.

Irregularidades na Campanha

De acordo com a sentença, os veículos de placas SOG8A97 e KII9C63 estavam sendo usados de maneira irregular, circulando pela cidade fora das situações permitidas pela legislação eleitoral, como carreatas, caminhadas, passeatas, reuniões ou comícios. Os automóveis tocavam jingles irregulares que faziam referência pejorativa ao ex-prefeito e adversário político Lula Cabral (SD), o qual foi chamado de "prefeito da tornozeleira", uma alusão ao período em que Cabral esteve preso por acusações de desvio de recursos públicos.


Foto: Divulgação


O episódio em questão remonta a 2018, quando Lula Cabral foi acusado de desviar R$ 92 milhões do CaboPrev, fundo de previdência municipal, e cumpriu prisão preventiva.

Utilização de Boneco e Multas Aplicadas

Além do uso de jingles considerados irregulares, a campanha de Keko do Armazém também utilizou um boneco adesivado com o número 77, preso dentro de uma jaula, em ações de campanha. Para o juiz Francisco Matos, tal prática é considerada um ato atentatório à dignidade do adversário Lula Cabral, o que motivou a intervenção judicial para cessar a irregularidade.

Como consequência, a Justiça ordenou a entrega imediata do boneco, sob pena de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento. Além disso, o uso do jingle difamatório foi proibido, com uma penalidade de R$ 30 mil por dia para eventuais descumprimentos.

Resposta de Lula Cabral

Em resposta à decisão judicial, Lula Cabral criticou as ações de desinformação e ataques pessoais, considerando-as uma afronta aos princípios democráticos. "Não se ganha eleição com mentiras! Já são várias as condenações em que a campanha do meu adversário é punida por práticas irregulares", afirmou Cabral. Ele também apontou um padrão de comportamento na disseminação de Fake News, que, segundo ele, compromete a integridade do processo eleitoral.

Contexto Político

A disputa eleitoral no Cabo de Santo Agostinho tem sido marcada por trocas de acusações entre os candidatos, sendo o embate entre Keko do Armazém e Lula Cabral um dos mais acirrados. A decisão da Justiça Eleitoral reflete as tentativas de manter o processo democrático dentro das normas, impedindo o uso de ataques pessoais e desinformação como estratégias eleitorais.

A apreensão dos veículos e a proibição do jingle representam um esforço para garantir que a campanha seja conduzida de maneira mais ética e respeitosa, sem a utilização de táticas difamatórias.




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