Nesta segunda-feira (21), os aeroportos pernambucanos de Caruaru e Serra Talhada receberam a visita do presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Pereira, com o objetivo de conhecer e avaliar o modelo de gestão adotado nesses terminais. A visita integra uma proposta mais ampla de apoio ao desenvolvimento da aviação regional, fundamental para estimular o crescimento econômico em áreas estratégicas do Brasil.

Modelo de Gestão Privada com Remuneração Pública

O modelo de gestão implementado nos aeroportos de Caruaru e Serra Talhada envolve a contratação de empresas privadas para a administração dos terminais, sendo a remuneração feita por recursos públicos. Essa estratégia é considerada adequada para aeroportos de baixa viabilidade comercial, localizados em regiões que necessitam de conectividade por razões sociais e regionais, mas que, por si só, não atraem grandes fluxos de passageiros e investimentos.

De acordo com Manoel Ferreira, empresário da Dix Aeroportos, responsável pela gestão dos dois terminais, o modelo permite que aeroportos em regiões menos desenvolvidas ou de menor atratividade para investidores privados entrem em operação sem a necessidade de grandes investimentos. Ele explica que a implantação de uma infraestrutura básica é suficiente para atender à demanda inicial, que normalmente não exige amplos espaços de circulação, áreas comerciais e de serviços.

Acompanhamento do Governo do Estado

A visita de Tiago Pereira foi acompanhada pelo secretário de Mobilidade e Infraestrutura do Governo de Pernambuco, Diogo Bezerra, além de Manoel Ferreira. O objetivo principal é apresentar a operação dos aeroportos como parâmetro para uma política que busca incentivar a aviação regional no país. Ainda na segunda-feira, o presidente da Anac será recebido pela governadora Raquel Lyra no Palácio do Campo das Princesas para uma visita de cortesia.

Visita a Fernando de Noronha

No dia seguinte, terça-feira (22), Pereira seguirá para Fernando de Noronha, dando continuidade a sua agenda de inspeções aos aeroportos pernambucanos, reforçando a importância do papel estratégico da aviação regional para a conectividade e o desenvolvimento do estado.

Impacto Econômico e Social

Segundo Ferreira, essa forma de gestão ágil e eficiente permite ao governo garantir a continuidade dos serviços aeroportuários em localidades estratégicas, além de promover o desenvolvimento econômico de regiões menos favorecidas. A presença de um aeroporto, mesmo em pequena escala, pode gerar impactos positivos, como a expansão do turismo, facilitação do transporte de mercadorias e estímulo ao empreendedorismo local.

Esse modelo também oferece uma solução viável para manter operações em aeroportos que, embora comercionalmente limitados, são essenciais para a integração e o crescimento das regiões.