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Greve dos Rodoviários no Recife: Vandalismo, Confrontos e Audiência de Conciliação Marcam o Segundo Dia de Paralisação

Ônibus depredados, ameaças a motoristas e interrupções no transporte público agravam a crise enquanto audiência no TRT-6 busca solução para o impasse.

Publicada em 13/08/24 às 19:53h - 762 visualizações

por Rádio Moria FM


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Ônibus foram depredados em segundo dia da greve dos rodoviários  (Foto: Urbana-PE/Divulgação)

O segundo dia de greve dos rodoviários na Região Metropolitana do Recife (RMR) nesta terça-feira (13) foi marcado por novos episódios de tensão e violência. Com ônibus parados na avenida Agamenon Magalhães, no Centro da capital, e três coletivos depredados em diferentes pontos da cidade, a situação dos transportes públicos se deteriorou ainda mais, afetando milhões de usuários.

Vandalismo e Ameaças

A Urbana-PE, entidade que representa as empresas de transporte coletivo, denunciou atos de vandalismo em coletivos que operavam na avenida Norte, na Zona Norte do Recife; e em Jaboatão dos Guararapes, nas áreas de UR-11 e Barra de Jangada. Em um desses incidentes, o motorista foi ameaçado por duas pessoas encapuzadas, levando ao recolhimento dos veículos.

Na segunda-feira (12), o clima de revolta entre os passageiros já havia resultado em um incidente grave no Terminal Integrado da PE-15, em Olinda, onde uma passageira idosa foi ferida por uma pedra arremessada por um homem frustrado com a demora dos ônibus.

A Urbana-PE classificou as ações das lideranças rodoviárias como "abusivas e ilegais" e afirmou que tomará todas as medidas necessárias para garantir a circulação dos ônibus na RMR. "É inaceitável que as determinações da justiça não sejam cumpridas e que a população continue sendo penalizada pelas lideranças rodoviárias", declarou a entidade.

Audiência de Conciliação e Decisões Judiciais

Para tentar resolver o impasse, está marcada para esta terça-feira (13) uma audiência de conciliação entre o Sindicato dos Rodoviários e a classe patronal, mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6). O Tribunal já havia determinado a manutenção de, pelo menos, 60% da frota em operação durante os horários de pico (6h às 9h e 17h às 20h) e 40% nos demais horários. No entanto, a Urbana-PE alega que as ordens judiciais estão sendo descumpridas pelas lideranças rodoviárias.

Exigências e Negociações

Os rodoviários reivindicam melhores condições de trabalho, um plano de saúde, o dobro do valor do ticket alimentação, reajuste salarial, gratificação para quem exerce dupla função e a estabilidade dos condutores da empresa Vera Cruz. Especificamente, a categoria pede um reajuste real de 5% nos salários, enquanto a última proposta da Urbana-PE foi de apenas 0,5% de aumento acima da inflação.

A proposta da Urbana-PE incluiu também um vale-alimentação de R$ 400 e um abono de R$ 180 para motoristas que acumulam a função de cobrador, mas ambas as ofertas foram rejeitadas pelos rodoviários, que argumentam que as empresas têm condições de melhorar as propostas sem comprometer a sustentabilidade dos negócios.

Transtornos e Reclamações

Enquanto as negociações continuam, a população enfrenta inúmeros transtornos. Paradas de ônibus lotadas, percursos incompletos, tentativas de bloqueio de garagens, e incertezas quanto à continuidade das viagens são alguns dos problemas enfrentados por mais de um milhão de passageiros que dependem diariamente do sistema metropolitano de transporte coletivo.

Apesar das dificuldades, a Urbana-PE relatou uma baixa adesão à greve entre os motoristas nesta terça-feira, com parte da frota sendo colocada em operação, embora impedida de circular em vários pontos. "A rápida atuação do Tribunal Regional do Trabalho visou minimizar os transtornos, mas as ordens judiciais foram ignoradas pelas lideranças rodoviárias", criticou a entidade.

Expectativas

Com a audiência de conciliação agendada, há esperança de que um acordo possa ser alcançado para pôr fim à greve e normalizar o transporte público na RMR. No entanto, a situação permanece tensa, e os passageiros continuam a enfrentar incertezas enquanto aguardam uma solução definitiva para o impasse.




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